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Rio Info 2016

Edição 57 RIO INFO O Rio Info 2016, realizado no mês de julho, no Rio de Janeiro, foi marcado pelo consenso em torno de um pacto pela tecnologia, envolvendo empresários, pesquisadores e autoridades do setor de TI, com o objetivo de desenvolver um programa de fomento para o setor, proposto por Benito Paret, presidente do […]

1 de julho de 2021 08:28

Edição 57

RIO INFO

O Rio Info 2016, realizado no mês de julho, no Rio de Janeiro, foi marcado pelo consenso em torno de um pacto pela tecnologia, envolvendo empresários, pesquisadores e autoridades do setor de TI, com o objetivo de desenvolver um programa de fomento para o setor, proposto por Benito Paret, presidente do Sindicato das Empresas de Informática (TI Rio).

 

 

 

A ideia do programa de fomento foi ratificada, entre outros, pelo então secretário de Política de Informática (Sepin), Maximiliano Martinhão, que propôs a construção de parcerias para formular propostas para o setor. Também o presidente da Associação Comercial do Rio, Paulo Protásio, defendeu “compromissos de ação” da sociedade e cobrou que os projetos tenham continuidade, com “começo, meio e fim”. Protásio lançou, ainda, o desafio de transformar o Rio Info no mais importante evento de TI do Atlântico Sul.

 

 

 

Temas como o da proposta do Marco Legal do Software entraram em pauta. O presidente da Fenainfo, Marcio Girão, disse que é necessário o legislativo entender a evolução da humanidade na qual o software tem sido o motor: “O software é um produto diferenciado no setor de TI. Todos os países desenvolvidos já possuem um marco do software, só o Brasil ainda não tem. É uma urgência do nosso país ter um marco regulatório para o setor de software que permita criar um ambiente competitivo para a indústria nacional.”

 

 

 

Segundo John Forman, diretor da Riosoft, que apoia a iniciativa da Fenainfo, o principal objetivo é criar um marco que possa harmonizar as leis já existentes e atender às demandas especificas de cada setor. “É importante delimitar melhor o que é software, que é intangível e tem características peculiares, é um produto que você envia pela internet. Legislar de uma forma que o setor se desenvolva”.

 

 

 

No campo dos negócios o evento alcançou a expectativa na casa dos R$ 4,5 milhões para o período de 12 meses. Na Sessão de Negócios, participaram 70 empresas, das quais nove estrangeiras.

 

 

 

Ainda no evento foi anunciado pelo gerente setorial das Indústrias de TIC do BNDES, Ricardo Rivera, que 29 propostas foram entregues para a contratação da consultoria que vai desenhar o plano de ação nacional para Internet das Coisas, a ser conduzido pelo BNDES e pelo MCTIC. A previsão é de que uma pesquisa aconteça de outubro até o final de dezembro junto ao setor. A meta, explicou Rivera, é que no segundo semestre de 2017, o plano nacional de Internet das Coisas comece a ser implantado. “O levantamento vai fazer um estudo completo do mercado, mas terá recursos para uma implantação imediata. A intenção é remover as principais barreiras para Internet das Coisas”, sustentou o gerente do BNDES.

 

 

 

Temas ainda inovadores também foram abordados, como a inteligência cognitiva do Watson, da IBM e a utilização de algoritmos para definir o que os veículos de comunicação publicarão em suas páginas. Um exemplo foi o a Globo.com. Segundo Newton Fleury Filho, que atua na área de marketing de produto do portal, é realidade o uso de big data, machine learning, algoritmos e analytics para definir as recomendações de notícias aos usuários do portal em substituição ao editor, hoje responsável apenas pela primeira página.

 

 

 

O método é empregado em 100% nas seções GShow, de entretenimento, e Techtudo, de tecnologia. Em outras áreas, como esportes, a questão é mais complexa porque tem de lidar com as nuances das rodadas esportivas cujo timing não consegue ser acompanhado pelo algoritmo.

 

 

 

Outro exemplo do uso da IoT foi narrada pelo secretário municipal de Ciência e Tecnologia do município do Rio de Janeiro, Franklin Coelho, que informou que a equipe olímpica de Remo do Brasil teve a performance monitorada por sensores instalados nos equipamentos e nos próprios atletas pela GE. Os dados são coletados e analisados em ferramenta de big data. Os pesquisadores da GE, para conseguirem aferir resultados olímpicos, tiveram que adaptar a linguagem que os treinadores utilizavam nos treinos para uma que fosse compreendida pelo sistema.

 

Prêmios

 

Salão da Inovação, parte do evento há oito edições, foi vencido pela empresa argentina Codes, há 18 anos no mercado de desenvolvimento de software, com a apresentação da plataforma Puma – Plataforma Única de Monitoramento Agrícola. Desta oitava edição do Salão da Inovação, participaram 16 projetos de empresas nacionais e internacionais que apresentaram inovações no setor de Tecnologia da Informação aplicadas a diferentes áreas.

 

Copa Rio Info de Algoritmo (CRIA), uma competição nacional entre estudantes de nível médio e técnico promovida pelo Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio) e pela Federação das Empresas de Informática (Fenainfo), mobilizou 453 instituições alunos de todo o país. O estudante Eduardo Lúcio, 16 anos, do 3º ano do ensino médio do Instituto Federal de Alagoas – Campus Arapiraca, foi o vencedor

 

Na Sessão de Negócios a vencedora foi é a empresa Visent, de Brasília, criada em 1996 e que desenvolve soluções inovadoras em big data para o mercado de telecomunicações.

 

Legados olímpicos – Os Jogos Olímpicos Rio 2016 e seus legados estiveram em pauta no evento, especialmente durante o painel “Das cidades inteligentes às comunidades inteligentes”, quando foram apresentadas soluções para emprego da tecnologia a serviço da segurança pública, da conectividade em diversos pontos da cidade, nos investimentos em qualificação dos profissionais de TI, as novas Naves do Conhecimento, o aumento na infraestrutura de telecomunicações e serviços públicos digitais.

 

A empresa municipal de informática da cidade do Rio de Janeiro, IplanRio, mostrou alguns projetos que integram o legado dos jogos olímpicos, como o Ponto de ônibus inteligenteToten Carioca, as Naves do Conhecimento com softwares desenvolvidos por empresas brasileiras e a plataforma Carioca Digital que oferece serviços públicos e tratamento personalizado. Até o final do ano disse Fábio Pimentel, diretor presidente do IplanRio, serão mais de 300 mil usuários e cerca de 100 serviços oferecidos.

 

Por meio da parceria com a Embratel, a cidade do Rio de Janeiro ganhou uma nova infraestrutura de telecomunicações com a instalação de cerca de 370 quilômetros de extensão de rede ópticas, aumento na cobertura da rede fixa e móvel em Deodoro, Zona Oeste da cidade, e novos investimentos na rede móvel do Metrô. A parceria também proporcionou a capacitação de mão de obra especializada em telecomunicações.

 

A instalação de um data center complementa o legado. A partir do histórico de dados será possível analisar determinados sintomas e prever ações futuras. Essa medida poderá ser aplicada, por exemplo, no Centro de Operações do Rio e no Centro Integrado de Comando e Controle.

 

Novos equipamentos, redes e sensores de telecomunicações e de TI já foram instalados na cidade e a legislação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Olímpico Brasileiro (COB) prevê a permanência desses itens como legado para cidade olímpica. “As empresas que receberam benefício de importação de equipamentos são obrigadas a deixar esses equipamentos na cidade do Rio, isso é lei”, enfatizou o secretário de C&T, Franklin Coelho, coordenador do painel.

 

 

 

Wiki Love Monuments – O Rio Info 2016 reuniu as dez melhores fotografias da fase brasileira do Wiki Loves Monuments (WLM) 2015,  um concurso internacional de fotografia cujo objetivo é reunir imagens que retratem monumentos de relevância histórica para os países associados à disputa. Segundo o organizador da exposição, Henrique Andrade, o concurso, considerado pelo Guiness o maior de fotografia do planeta, teve a participação de mais de 43 mil fotógrafos do mundo todo, dos quais quatro mil brasileiros.

 

As fotografias devem capturar registros de patrimônios históricos ao redor do planeta, podem ser de monumentos relacionados a sítios arqueológicos, edificações e demais patrimônios. Dentre as imagens expostas, está a de Ricardo Takamura, do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, Minas Gerais, que ficou na 12ª posição no ranking internacional. Os resultados da competição internacional estão disponíveis em https://goo.gl/vUsXOZ. Quem visitou a exposição pode baixar todas as imagens para o celular e usá-las sob uma licença creative commons.

 

A organização da fase brasileira do concurso é do Grupo Wikimedia Brasileiro de Educação e Pesquisa. Mais atividades desenvolvidas pela equipe podem ser acessadas em http://www.wikimedia.org.br. Um novo concurso de fotografia acontecerá durante as Olimpíadas de 2016. O regulamente do Wiki Loves The Olympics, em breve, estará disponível na página do grupo.

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