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BRDE, Fomento Paraná e Inseed apresentam o novo fundo de capital semente Criatec 3

Fundo reúne R$ 200 milhões para investimento em empresas de alto potencial de crescimento em todo o país edição 55 BRDE O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fomento Paraná e a Inseed Investimentos apresentaram, em evento na sede do BRDE em Curitiba, o novo Fundo de Investimento em Participação Criatec 3. […]

1 de julho de 2021 07:23

Fundo reúne R$ 200 milhões para investimento em empresas de alto potencial de crescimento em todo o país

edição 55

BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fomento Paraná e a Inseed Investimentos apresentaram, em evento na sede do BRDE em Curitiba, o novo Fundo de Investimento em Participação Criatec 3.

O fundo, que reúne R$ 200 milhões para investimento em empresas de alto potencial de crescimento em todo o país, conta com aportes do BRDE e da Fomento Paraná. O BRDE fará um aporte de R$ 12 milhões e a Fomento Paraná, de R$ 1,5 milhão.

É a primeira vez que as duas instituições participam de um fundo de participação em investimentos como cotistas. O objetivo no momento é assegurar que empresas e projetos situados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possam ser apoiados pelo Criatec 3.

A prioridade do fundo Criatec 3 é investir em empresas dos setores de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), agronegócio, nanotecnologia, biotecnologia e novos materiais. O investimento será feito em empresas com faturamento anual de até R$ 12 milhões.

“Estamos vendo o BRDE cumprir sua missão enquanto instituição de desenvolvimento da Região Sul, oportunizando agora, junto com a Fomento Paraná, novos investimentos no setor de inovação”, disse o diretor de Operações do Banco, Wilson Quinteiro. “Além do Criatec, estamos organizando um novo fundo, com investimentos de R$ 5 milhões”, acrescentou.

O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, afirma que a entrada em um Fundo de Investimento Participação é um passo muito importante para a instituição e para o Estado, que foi o último estado a aderir a essa modalidade de fundo.

“O capital semente é uma ponta que faltava fechar no circuito do investimento no Estado” afirmou Juraci Barbosa. “O apoio à inovação, à pesquisa e desenvolvimento são objeto do Plano de Governo, porque são fatores essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Este é um campo inesgotável, que está avançando, e do qual queremos fazer parte”, destacou.

Segundo Juraci Barbosa, a adesão a fundos como o Criatec 3 e o Fundo Sul Inovação, apoiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), representa um grande passo para consolidar o Paraná como um estado amigável ao empreendedorismo e às empresas e pessoas que se dedicam a inovar.

O Criatec 3 será gerenciado pela empresa Inseed Investimentos. “O Criatec é um fundo voltado a empresas com características inovadoras. O fundo investe diretamente na empresa, fica sócio dela e desenvolve com o empreendedor projetos de inovação”, explicou o diretor-sócio da Inseed, Alexandre Alves. “Mais importante que o recurso é ter a capacidade de fazer o bom uso do recurso, de colocar mais pessoas no projeto, de apresenta-lo às devidas instâncias e de garantir a governança transparente.”

“Normalmente as áreas de tecnologia de informação, pela sua própria natureza, estão mais preparadas para receber investimentos de fundos como o Criatec, mas é importante diversificar. No Paraná, onde a agricultura e a pecuária são altamente desenvolvidas, podemos encontrar bons projetos de inovação nessas áreas”, disse o diretor Administrativo do BRDE, Orlando Pessuti.

O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, disse que o Criatec é um mecanismo indispensável para alavancar o setor de inovação no Paraná. “É um fundo que aglutina os setores público, privado e produtivo ligados à inovação. Essa ação do BRDE e Fomento Paraná comprova que o nosso Estado tem estrutura de financiamento consolidada na área de financiamento a projetos inovadores”.

BONS PROJETOS

 

A intenção do fundo é atuar nesses segmentos em busca de empresas inovadoras com bons projetos, que possuem grande potencial de crescimento, mas que normalmente têm dificuldade em captar ou reunir recursos suficientes para alavancar o empreendimento, por falta de garantias de retorno do valor investido.

Em geral trata-se das chamadas startups ou negócios nascidos em incubadoras tecnológicas, que precisam de um aporte inicial para capitalização e crescimento.

MERCADO

Para o presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Curitiba, região metropolitana e litoral, Marcelo Woiciechovski, a iniciativa de criar o fundo e chamar as empresas e as entidades para participar do processo vai colocar as empresas paranaenses em um ponto de competitividade comparável ao dos outros países. “Na área de software não há limite geográfico para colocar as soluções, mas é difícil obter fomento externo. E internamente a falta de garantias também atrapalha. Então, essa nova proposta cria uma grande oportunidade de crescer, criar novos postos de trabalho, para transformar o Paraná em um polo nacional em TIC”, afirma o executivo.

O empresário Charles Stempniak, que participou da Incubadora do Tecpar (Intec) e hoje atua no desenvolvimento de drones, foi um dos participantes da rodada de negócios promovida na sede do BRDE. Ele disse que o fundo Criatec 3 é uma grande solução para o setor e aprovou o modelo do evento. “Reunir o setor público, as entidades e o fomento é uma coisa que pouco acontece no Brasil. Para minha empresa hoje, o recurso novo é o caminho para a solução entre continuar vivo no mercado ou desistir”, afirmou Stempniak. “Estou procurando soluções como esta há mais de um ano e achei aqui.”

O FUNDO

O Criatec 3 será gerenciado pela Inseed Investimentos, empresa que venceu o edital lançado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). De acordo com os planos da empresa, o fundo poderá investir em 36 empresas inovadoras em estágio inicial entre os anos de 2016 e 2019.

Cabe ao gestor do fundo identificar e selecionar as empresas que receberão os investimentos. A seleção é feita a partir da análise da proposta de inovação, que deve preferencialmente estar direcionada à resolução de um problema de mercado claro e economicamente relevante.

Outro ponto importante é que a inovação não seja facilmente replicável por outras companhias, o que permitiria a entrada de concorrentes no mercado.

Além disso, o perfil do empreendedor deve estar atrelado à inovação e ao mercado de atuação. Para submeter um negócio à avaliação do fundo, o empreendedor deve preencher um formulário disponível no site:

www.inseed.com.br/criatec3

GESTÃO

Os fundos de investimentos em participação, ou ‘capital semente’, são fundos fechados, que podem investir em companhias abertas ou fechadas, sempre como um projeto de longo prazo. Ao decidir fazer um aporte em uma empresa o fundo passa a ter participação na gestão no empreendimento e apoiar a tomada de decisões.

Entre as vantagens desse processo estão o alto potencial de maturação e retorno do investimento e a transparência nos processos de governança corporativa, permitindo uma visão clara e segura do que está acontecendo com cada projeto de investimento.

No Brasil, esses fundos são utilizados para apoiar projetos e empresas de menor porte e apoiam setores de atividade de interesse do estado. Por isso contam com a participação de instituições financeiras públicas, como BNDES e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Entre prospecção, aceleração do investimento e desinvestimento, o processo de um fundo pode levar entre cinco e oito anos para obter o resultado desejado.

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