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Startup gaúcha participa de missão internacional

CEO do Grupo Maven e presidente da Assespro-RS embarcou com empresários e representantes do governo Edição70 ASSESPRO RS No mês de novembro, a CEO do Grupo Maven e presidente da Assespro Aline Deparis esteve em uma missão na Estônia, na Suécia e em Israel. A convite do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, […]

2 de julho de 2021 22:20

CEO do Grupo Maven e presidente da Assespro-RS embarcou com empresários e representantes do governo

Edição70

ASSESPRO RS

No mês de novembro, a CEO do Grupo Maven e presidente da Assespro Aline Deparis esteve em uma missão na Estônia, na Suécia e em Israel. A convite do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a empresária e presidente da Assespro-RS foi à viagem com o objetivo de iniciar uma aproximação entre as empresas de tecnologia do RS e os países que são referência em inovação.

A missão teve início na Estônia, que hoje é modelo em serviços digitais e no uso da blockchain. No país, o grupo conversou sobre as aplicações desenvolvidas por lá e como eles estão aplicando o conceito de e-residency, facilitando que empreendedores de outros países façam negócios na Estônia.

 

 

 

Destinos são referência em inovação

 

Os países de destino foram escolhidos pelo incentivo à inovação. A Estônia, por exemplo, é referência mundial em tecnologias digitais para gestão de organizações públicas e governos. Já Israel fez parte da missão por ser um país conhecido como um dos principais líderes mundiais em inovação, concentrando a maior média de empresas de tecnologia por habitante.

A Suécia e Israel também são países já reconhecidos pela segurança digital e pelo desenvolvimento tecnológico e fizeram parte do roteiro. Na Suécia, Aline fez uma visita à Ericsson, onde conheceu as instalações da empresa e conversou sobre as novidades em relação ao mercado de hardwares. Em Israel, a empresária e presidente da Assespro-RS observou um país que garante a cibersegurança em meio a uma guerra eletrônica.

O foco desse tipo de solução é em Beersheva, no deserto de Negev. Lá, o Exército, empresas e a Universidade de Ben Gurion interagem para descobrir soluções para um mercado que movimentou R$ 225 bilhões no mundo em 2018, sendo que 10% são produzidos em Israel.

Aline conta que, na visita em Talín, na Estônia, percebeu uma grande preocupação com a privacidade dos dados. “Em um simples estabelecimento que vende souvenir, eles se preocupam tanto em preservar a sua privacidade, que se você anotar qualquer informação, eles te devolvem o bilhetinho depois de preencher no sistema”, observou. Outro exemplo do tratamento de dados no país são os cadastros na recepção de hotel: “Há todo um cuidado com o consentimento, tudo o que a GDPR prevê”, conta a CEO e presidente da associação.

O mesmo comportamento é percebido na Suécia. “Um outro aspecto é o quanto o governo, as empresas e os hubs de tecnologia da União Europeia já têm isso claro e o quanto eles entendem que a cibersegurança faz parte das áreas de investimento para o futuro”, relata. Nos hubs de tecnologia visitados, a segurança online estava entre as principais estratégias para o desenvolvimento. As soluções são pensadas com a proposta de privacy by default e by design, que são conceitos previstos na GDPR.

Em Israel, porém, a proteção de dados se dá em um outro aspecto, segundo Aline: “A segurança é mais nacional, de divisas, do espaço aéreo, muito mais um serviço para o governo, não tão focado no que se refere a privacidade de dados. O que se falou muito é a questão da guerra eletrônica, que aqui é uma grande preocupação”, observa.

 

Soluções no Brasil hoje

 

Sobre o cenário atual brasileiro, a presidente da associação diz que precisamos nos aprimorar no desenvolvimento de software e se adequar à lei para permanecer no mercado internacional, além de mudar a forma de pensar. “É preciso ter a noção de que os dados são da pessoa e não do estabelecimento”, afirma. A empresária acredita que temos um caminho longo pela frente, mas precisamos da consciência coletiva, no ponto de vista do desenvolvimento e do consumo.

 

Na missão, Aline representou as três empresas do Grupo Maven e a Assespro-RS, que já atuam com foco nas inovações em proteção de dados e privacidade, além da transformação digital nas empresas. A primeira é a Maven Inventing Solutions, empresa que completou dez anos de mercado em 2019 e desenvolve soluções para publicação digital de conteúdo. Tem a Folha de S. Paulo e a Zero Hora em seu portfólio de clientes;

Aline também representou a Trubr, que recebeu durante esse ano um aporte financeiro vindo da Suíça e desenvolve soluções com tecnologia blockchain, como identificação digital e rastreabilidade baseada na identidade.

Outra empresa do mesmo grupo é a Privacy Tools, a mais nova startup da empreendedora, que tem como principal objetivo desenvolver ferramentas para empresas entrarem em conformidade com a nova Lei geral de proteção de dados (LGPD).

Por fim, Aline representou a Assespro-RS que hoje é a maior e mais importante associação de tecnologia da informação no Estado. A entidade trabalha principalmente no fortalecimento das empresas e na representação institucional de seus interesses junto aos poderes constituídos e outros organismos, nacionais e estrangeiros.

A missão realizada pelo grupo abriu portas para futuros negócios entre o Rio Grande do Sul e os países visitados, além da possibilidade da inserção de novas tecnologias nas startups gaúchas. O cuidado com os dados pessoais e a privacidade na Estônia, na Suécia e em Israel são uma referência para que as empresas locais possam ter mais transparência na relação com os clientes e se adequem à Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto de 2020.

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